O QUE FAZER EM CAMPINAS

Está em dúvida sobre o que fazer em Campinas? Este guia foi criado para ajudar quem deseja aproveitar ao máximo a cidade, seja em um bate-volta, em um fim de semana ou em uma visita mais prolongada. As atrações estão organizadas por temas — parques, museus, monumentos, mercados e praças — para facilitar o planejamento e tornar a experiência ainda mais prazerosa.

Campinas é uma cidade surpreendente. A menos de duas horas da capital paulista, oferece um roteiro riquíssimo para quem busca mais do que um simples passeio. Com uma combinação vibrante de natureza, história, arte e gastronomia, é o destino ideal para quem deseja explorar a alma do interior paulista sem abrir mão da estrutura urbana.

Edifícios e Monumentos Históricos – O que fazer em Campinas

Catedral de Campinas

A Catedral Metropolitana de Campinas, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, teve sua construção iniciada em 1807 e foi inaugurada em 1883 como a nova matriz paroquial, construída com a técnica da taipa de pilão. Com cerca de 4.000 m², é considerada a maior edificação do mundo nesse estilo construtivo. Se quer saber o que fazer em Campinas e gosta de história, a Catedral é uma das primeiras opções.

Sua fachada neoclássica foi projetada por Ramos de Azevedo no final do século XIX, dando identidade à paisagem urbana do centro histórico. No interior, destacam-se os trabalhos de talha do entalhador baiano Vitoriano dos Anjos Figueiroa, responsável pelo altar-mor, tribunas e púlpitos, além do baldaquino com doze colunas em estilo rococó. A ornamentação foi concluída por Bernardino de Sena Reis e Almeida, que produziu os altares laterais e colaterais mantendo o alto nível artístico, além de Raffaello de Rosa que executou algumas talhas antes da inauguração e Marino Del Favero, que foi responsável pela posterior Capela do Santíssimo.

O grandioso órgão francês Cavaillé-Coll, instalado em 1883 e restaurado no século XXI, conta com mais de 700 tubos. Na torre, encontram-se o sino “Baía” e o antigo relógio da Gondalo & Cia, ainda em funcionamento. Em 1908, a igreja foi elevada à categoria de catedral com a criação da Diocese de Campinas.

Reformas posteriores adicionaram medalhões, esculturas e vitrais, e a cripta passou a abrigar os túmulos dos bispos. A restauração recente devolveu à fachada sua cor ocre original, reforçando o valor histórico e simbólico desse importante patrimônio da cidade.

Conheça a história completa da Catedral de Campinas!

Estação Cultura Campinas

A Estação Cultura Prefeito Antônio da Costa Santos, inaugurada em 1872 como Estação Central de Campinas, é um belo exemplar da arquitetura gótico-vitoriana inspirada em modelos ingleses do século XIX. Em 1884, passou por uma expansão significativa, consolidando o corpo central com uma torre de relógio e alas laterais. Com o crescimento acelerado da cidade cafeeira, tornou-se um símbolo de progresso e foi o ponto de partida para viagens e cargas que impulsionaram as atividades industriais e urbanas locais.

Convertida em centro cultural em 2002, mantém elementos originais da ferrovia, como trilhos, plataformas, vagões, relógios e bancos, criando uma atmosfera histórica única. Em 2007, foi eleita a principal das Sete Maravilhas de Campinas, refletindo o apreço do público por sua relevância cultural e arquitetônica. Tombada em 1982 pelo Condephaat, o prédio abriga shows, exposições, feiras gastronômicas, espetáculos e atividades educativas, além de espaços temáticos como a Sala dos Toninhos, o vagão de mamulengos, barbearia e bar tradicional.

O lugar ainda funciona contando a história da cidade, com barbearia aberta desde os anos 1960 e um bar que remete ao tempo em que ferrovias eram o coração do transporte campineiro. A ferrovia ao redor segue ativa para trens de carga, integrando passado e presente com charme. Administrado pela Secretaria de Cultura de Campinas, o espaço mistura memória, arte e vivência em um cenário que convida à visita e à reflexão sobre a identidade de Campinas.

Conheça o passado e o presente da Estação Cultura Campinas!

Torre do Castelo

A Torre do Castelo, oficialmente chamada Torre Vítor Negrete, é uma caixa d’água em estilo art déco construída entre 1936 e 1940, localizada no ponto mais alto de Campinas, a cerca de 735 metros de altitude. Foi projetada para abastecer os bairros da zona norte, como parte do plano urbanístico da cidade.

Na década de 1970, ganhou um mirante com vista panorâmica de 360 graus, onde os visitantes podem reconhecer bairros e pontos importantes da cidade, com painéis explicativos em cada direção. Além da vista privilegiada, a torre passou por reformas que criaram uma sala anexa, revitalizaram a praça ao redor e recuperaram sua aparência original dos anos 1940.

Em seu interior funciona o Museu Histórico da Sanasa, com peças antigas ligadas ao sistema de abastecimento de água, como hidrômetros e equipamentos hidráulicos. A torre também abriga o transmissor da Rádio Educativa FM.

Rodeada por uma rotatória que conecta seis vias — conhecida como “balão do Castelo” — o monumento foi eleito uma das Sete Maravilhas de Campinas em 2007. O espaço é aberto à visitação gratuita, inclusive aos fins de semana, sendo uma ótima opção para quem deseja conhecer a cidade de cima.

Saiba tudo sobre a Torre do Castelo!

Jockey Club Campineiro

O Jockey Club Campineiro foi fundado em 1877, tendo como propósito original apoiar as primeiras corridas de cavalos em Campinas. A sede atual do clube foi concluída em 1925, projetada em estilo eclético com influências art nouveau e neorrenascentistas, inspiradas nos palacetes franceses do final do século XVIII.

Localizado no coração da cidade, na Praça Antônio Pompeu, o prédio de três pavimentos e cerca de 1.370 m² tornou-se ponto de referência da elite local. Foi cuidadosamente restaurado e recebeu projeto de iluminação, mantendo o charme da alta sociedade dos anos dourados.

Entre as décadas de 1920 e 1970, o Jockey foi palco de bailes, recitais de piano e violino, divertimentos carnavalescos e encontros da alta sociedade campineira. Com o declínio das corridas de turfe na região, o clube diversificou suas atividades e incorporou eventos sociais e gastronômicos.

Em 1957 houve a fusão com o Clube Campineiro, unificando o aspecto social e equestre da instituição. Mais tarde, o antigo hipódromo deu lugar ao Centro de Treinamento de Cavalos de Campinas.

Reconhecido como patrimônio histórico pelo Condepacc em 1994, o edifício passou por revitalizações completas, incluindo a instalação de um piano de cauda centenário, o funcionamento de um restaurante-bar e a reativação do primeiro elevador de Campinas.

Eleito em 4º lugar, como uma das Sete Maravilhas de Campinas em 2008, o Jockey Club Campineiro segue ativo como espaço cultural e social, oferecendo visitas agendadas, eventos e uma imersão no passado aristocrático da cidade.

Palácio dos Azulejos (Solar do Barão de Itatiba)

O Palácio dos Azulejos, originalmente conhecido como Solar do Barão de Itatiba, foi construído em 1878 como residência de Joaquim Ferreira Penteado. O edifício destaca-se na paisagem urbana por seu revestimento externo com azulejos portugueses no pavimento superior e sua arquitetura de influência neoclássica.

Formado pela união de dois sobrados geminados, o prédio combina técnicas construtivas de taipa de pilão e tijolos, refletindo a riqueza do Ciclo do Café. Em 1908, passou a abrigar a Prefeitura de Campinas e o Fórum, funcionando como sede do poder municipal até 1968.

Palácio dos Azulejos - Foto: Firmino Piton - Prefeitura de Campinas

Imagens: Museu Virtual de Campinas

Tombado em 1967 pelo IPHAN e também pelos órgãos estadual e municipal, o prédio foi preservado mesmo diante de ameaças de demolição. Nos anos 1990, foi transformado em espaço cultural e hoje abriga o Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS), dedicado à preservação e difusão da memória audiovisual da cidade.

Além de apreciar sua arquitetura singular e detalhes artísticos, os visitantes podem explorar o interior revitalizado, com murais, granilhos, claraboias e ambientes adaptados para exposições, sessões de cinema, acervos e outras atividades culturais.

Escola de Cadetes

A Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) foi fundada em 1940 e, desde 1959, está instalada em Campinas. Situada na antiga Fazenda Chapadão, sua sede se destaca pela imponência de sua arquitetura em estilo colonial espanhol, projetada para abrigar cadetes de todo o país.

O complexo militar inclui quatro pavilhões organizados ao redor de um amplo pátio, com galerias internas que facilitam o deslocamento. A torre principal, chamada Torre Duque de Caxias, é um símbolo da instituição e presta homenagem ao patrono do Exército.

Escola de Cadetes Campinas
Escola Preparatória de Cadetes Campinas - Foto: Firmino Piton | Prefeitura de Campinas

A EsPCEx tem como missão preparar jovens — tanto homens quanto mulheres desde 2017 — para ingressarem na Academia Militar das Agulhas Negras, oferecendo um curso de um ano que une disciplinas acadêmicas e instrução militar intensa, incluindo treinamento físico e formação de caráter.

Passam pela escola aproximadamente 500 alunos por ano, que vivem em regime de internato e recebem uniformes, alimentação e apoio durante esse período de formação inicial. O ambiente preserva peças históricas, como lustres e arandelas do antigo Teatro Municipal Carlos Gomes, integradas na decoração do Salão Nobre e da Capela.

O espaço histórico pode ser visitado mediante agendamento ou em horários definidos para o público, oferecendo acesso a áreas como o pátio central, o Salão Carlos Gomes e a Pérgola Tiradentes. Essa visita permite uma experiência única ao conhecer a rotina, as tradições e a forte ligação com a história militar do país.

Edifício Itatiaia (Niemeyer)

Localizado no centro de Campinas, o Edifício Itatiaia é o único projeto executado por Oscar Niemeyer na cidade, construído entre 1953 e 1957. Com 15 pavimentos e cerca de 60 apartamentos, foi o primeiro prédio exclusivamente residencial da região central até os anos 1960.

Erguido em planta trapezoidal, o edifício possui fachada reta voltada à Rua Irmã Serafina e outra ondulada, com brises-soleil, voltada à Rua Coronel Rodovalho — um traço modernista marcante semelhante ao Edifício Copan.

O design incorpora amplamente os princípios propostos por Le Corbusier, como pilotis, planta livre, fachada livre e janelas em fita — falta apenas o jardim de cobertura.

Fachada ondulada Edifício Itatiaia - OScar Niemeyer - Museu Virtual de Campinas
Fachada ondulada do Edifício Itatiaia - Imagem: Museu Virtual de Campinas

A estrutura empregou lajes do tipo “caixão-perdido” em todos os andares, um diferencial técnico que proporcionou elegância e leveza ao conjunto.

Projetado pelos empresários Ralpho Fonseca Ribeiro e Ruy Hellmeister Novaes, o cálculo estrutural foi realizado pelo engenheiro Werner Müller, com assinatura de Yasuo Yamamoto nos documentos oficiais.

Ele se destaca como marco da arquitetura moderna campineira e, em 2011, foi tombado por seu valor cultural e histórico.

Hoje, o edifício permanece como símbolo da presença de Niemeyer no interior paulista, atraindo olhares pela sua imponência arquitetônica e vista privilegiada sobre a Praça Carlos Gomes.

🍎 Mercados – O que fazer em Campinas

Mercadão de Campinas

Inaugurado em 1908, o Mercadão de Campinas é um dos principais símbolos da cidade, tanto por sua arquitetura neomourisca quanto por sua importância histórica e comercial. Projetado por Ramos de Azevedo, foi construído inicialmente como armazém e terminal da Estrada de Ferro Funilense, antes de se tornar centro de abastecimento.

Ao longo do século XX, transformou-se em ponto estratégico para o comércio atacadista e varejista de alimentos, chegando a movimentar cerca de 300 veículos por dia nos anos 1970. Durante esse período, viveu seu auge como elo entre o campo e a cidade, abastecendo Campinas e municípios vizinhos.

O prédio passou por diversas reformas, resistiu a tentativas de demolição e foi tombado como patrimônio histórico estadual e municipal. Nas décadas seguintes, adaptou-se ao novo cenário urbano, convivendo com a concorrência dos supermercados e a descentralização do atacado.

Além das bancas de hortifrúti, carnes, especiarias e produtos regionais, o Mercadão abrigou comércios icônicos como o Bar do Pachola, que por quase 100 anos serviu pratos tradicionais e reuniu gerações de campineiros.

Atualmente, o edifício passa por uma grande revitalização com previsão de reabertura em 2025, reforçando seu papel como patrimônio vivo e espaço de convivência no centro de Campinas.

Conheça a história completa do Mercadão de Campinas!

Mercado Campineiro

O Mercado Campineiro, também conhecido como Mercado da Barão, é um tradicional ponto de comércio localizado no coração do centro de Campinas. Fundado há cerca de sete décadas, o local reúne mais de 40 estabelecimentos que vão desde mercearias, açougues e hortifrúti até docerias, tabacarias e lanchonetes.

O ambiente conserva o charme popular, sendo frequentado por moradores fiéis que mantêm negócios tradicionais de geração em geração, além de atrair quem busca produtos artesanais, temperos, queijos e quitandas típicas da região. Entre os destaques, há bancas especializadas em peixes, frutos do mar e produtos naturais, que despertam a curiosidade tanto de campineiros quanto de visitantes.

Com horário de funcionamento variado — incluindo sábados e manhãs de domingo — o mercado é uma ótima parada para quem quer provar lanches caseiros, cafés e doces, em um ambiente acolhedor e autêntico. O local mantém viva a atmosfera de mercado de bairro, com o som de negociações, aromas intensos e gente conversando, o que garante uma imersão na cultura local.

Embora coexistindo com grandes supermercados, o Mercado da Barão de Jaguara se destaca por oferecer uma experiência genuína e descontraída, perfeita para quem deseja conhecer o dia a dia da comunidade. Para os visitantes, é uma oportunidade de sentir o pulso da cidade, conversar com os comerciantes e descobrir sabores e memórias que fazem parte da identidade de Campinas.

🏛️ Museus e centros culturais – O que fazer em Campinas

MIS Campinas (Museu da Imagem e do Som)

O Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS) está instalado no histórico Palácio dos Azulejos, no centro da cidade. O local abriga exposições permanentes sobre a memória audiovisual de Campinas, incluindo fotografia, cinema, música e equipamentos antigos.

O acervo contempla fotografias, filmes, discos, fitas e objetos que resgatam as transformações sociais, culturais e urbanas da região. As mostras fixas têm destaque no térreo e no pavimento superior, apresentando tanto a história do prédio quanto a diversidade da produção audiovisual local.

O MIS também oferece programação regular de cursos, palestras, debates e, especialmente, o Circuito MIS de Cinema, que exibe filmes seguidos de debates no estilo dos cineclubes tradicionais.

O ambiente é ampliado por exposições temporárias e itinerantes, muitas em parceria com artistas e instituições, garantindo relevância cultural durante todo o ano. O museu se consolida como um espaço democrático e educativo, ideal para estudantes, pesquisadores e o público em geral.

Para acompanhar a programação semanal de cinema, exibições e eventos, vale seguir o perfil oficial no Instagram.

Com entrada gratuita, o MIS abre ao público de terça a sábado, oferecendo uma experiência enriquecedora para quem deseja explorar a história e a produção cultural de Campinas.

Museu Carlos Gomes

O Museu Carlos Gomes, fundado em 1954 e instalado no Centro de Ciências, Letras e Artes, é dedicado ao grande maestro campineiro Antônio Carlos Gomes (1836‑1896). Seu acervo conta com cerca de 3.000 manuscritos e partituras originais, além de instrumentos musicais, correspondência e objetos pessoais que revelam a trajetória do compositor.

Entre os destaques estão o piano de Carlos Gomes, presenteado pelo governo do Pará em 1927, e uma vasta coleção de fotos e cartões-postais que registram momentos marcantes de sua vida e homenagens públicas ao maestro. O museu também reúne obras de seu pai e irmão músicos, ampliando o panorama da tradição musical campineira.

A seção fotográfica conta com imagens raras, incluindo registros do cortejo fúnebre, do centenário de seu nascimento em 1936 e da visita de personalidades como Santos Dumont durante a inauguração do monumento-túmulo de Carlos Gomes. Essas peças reforçam o valor documental e simbólico do lugar.

Organizado com rigor, o museu apresenta um percurso expositivo claro, que permite ao visitante conhecer a carreira do maestro — desde seus primeiros estudos em Campinas até o reconhecimento internacional. O ambiente combina arquivos textuais e visuais, criando uma atmosfera envolvente para amantes da música e da história.

Aberto de segunda a sexta-feira, em horários comerciais, o museu oferece entrada gratuita e é uma excelente opção para quem busca imersão na cultura local e deseja compreender melhor o legado de um dos maiores nomes da música erudita brasileira.

Museu de Arte Contemporânea de Campinas – MACC “José Pancetti”

O MACC – Museu de Arte Contemporânea de Campinas “José Pancetti” é uma instituição municipal fundada em 1965, especializada na arte contemporânea brasileira. Desde 1976, está instalado em um edifício anexo ao Palácio dos Jequitibás, ao lado da Biblioteca Pública Ernesto Manoel Zink, no centro de Campinas.

Seu acervo conta com cerca de 700 obras, incluindo pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, instalações e objetos de artistas importantes do cenário nacional, como Portinari, Segall, Burle Marx e Cildo Meireles.

O museu é responsável pela organização do tradicional Salão de Arte Contemporânea de Campinas, que valoriza novas linguagens, como a videoarte e a arte eletrônica, contribuindo para o fomento cultural na cidade.

Além das exposições permanentes, o MACC promove mostras temporárias de artistas renomados e coletivas de talentos locais, oferecendo ao público uma programação diversificada.

Com entrada gratuita, o espaço também realiza atividades educativas, como oficinas, mediações e visitas guiadas, promovendo o acesso democrático à arte contemporânea.

O MACC é uma excelente opção para quem busca experiências culturais em Campinas e se consolida como um dos principais centros de arte do interior paulista.

Museu da Cidade – Casa de Vidro

Localizado no Lago do Café, às margens da Lagoa do Taquaral, o Museu da Cidade – Casa de Vidro preserva e exibe a história, a cultura e a memória de Campinas em um edifício de arquitetura moderna, projetado para integrar-se à natureza.

O acervo reúne peças etnográficas, arqueológicas e históricas, além de obras de arte contemporânea relacionadas ao cotidiano urbano e à formação da cidade. As exposições são cuidadosamente organizadas, oferecendo uma narrativa envolvente sobre o desenvolvimento local.

Frequentemente, o museu recebe exposições temporárias com temas variados — desde arte urbana até a história do Brasil — acompanhadas por atividades educativas como palestras, oficinas e rodas de conversa.

O espaço é ideal para um passeio de cerca de uma hora, oferecendo um ambiente tranquilo e acessível, com características inclusivas e boa infraestrutura para visitantes de diferentes idades.

Aberto de terça a sexta-feira, no período da manhã até o fim da tarde, e aos sábados pela manhã, o museu é gratuito e altamente acolhedor para famílias, estudantes e turistas.

Mais que um espaço de memória, a Casa de Vidro é um centro cultural vivo, promovendo eventos que dialogam com temas contemporâneos e incentivando a reflexão sobre a identidade e os desafios urbanos de Campinas.

🌳 Parques e Praças – O que fazer em Campinas

Lagoa do Taquaral (Parque Portugal)

A Lagoa do Taquaral, também conhecida como Parque Portugal, é um dos principais espaços de lazer e referência em Campinas, atraindo diariamente milhares de visitantes, especialmente aos finais de semana 

Suas origens remontam à antiga Fazenda Taquaral, doada ao município em meados do século XX e transformada em parque público em 1972, batizado em homenagem à comunidade portuguesa local 

A lagoa, oficialmente chamada Isaura Teles Alves de Lima, tem atraído frequentadores por oferecer pedalinhos em formatos divertidos — incluindo cisnes e barquinhos — além de atividades como corrida, ciclismo e pesca esportiva.

Um dos grandes símbolos do parque é a réplica da Caravela Anunciação, instalada desde os anos 1970 e restaurada em 2014, que embeleza a paisagem com seu deque de madeira.

A Concha Acústica, inspirada em modelo de Nova Iorque, recebe eventos culturais gratuitos, como shows e espetáculos, e comporta até 2.000 espectadores 

Também estão disponíveis estruturas para lazer e esporte: planetário, museu de esportes, piscinas, kartódromo, skate park, quadras poliesportivas e aparelhos de ginástica ao ar livre.

Durante o verão, a Lagoa do Taquaral pode receber até 50.000 pessoas em uma semana, reforçando seu papel como polo de cultura, esporte e convivência comunitária.

Para quem busca contato com a natureza, há viveiros, trilhas e contato com animais, como capivaras, patos e peixes da lagoa, oferecendo um ambiente familiar e democrático.

A área ao redor é fechada para veículos aos domingos pela manhã, criando um ambiente exclusivo para pedestres, corredores e ciclistas se movimentarem com segurança.

A Lagoa do Taquaral reúne história, natureza, esporte e cultura de forma integrada, sendo parada obrigatória para visitantes que queiram entender a alma de Campinas.

Saiba tudo sobre a Lagoa do Taquaral!

Bosque dos Jequitibás

O Bosque dos Jequitibás é o coração verde de Campinas, um dos parques mais antigos e tradicionais da cidade, oferecendo um refúgio natural em meio ao urbano. Com cerca de 7 hectares, abriga árvores nativas, trilhas e áreas de piquenique que agradam famílias e amantes da natureza.

No local, o zoológico municipal apresenta diversas espécies de fauna nativa e exótica, enquanto o Museu do Bosque preserva artefatos arqueológicos e peças que contam a história da região. Há também o Aquário Municipal, que encanta adultos e crianças com peixes e ambientes temáticos.

O parque dispõe de playgrounds, lanchonetes, um trenzinho turístico e espaços para eventos culturais, como apresentações musicais e educativas. Trilhas sombreadas e lagos complementam o cenário, convidando a caminhadas relaxantes e contato com aves e pequenos animais.

Aberto diariamente e com entrada gratuita, o Bosque dos Jequitibás é ideal para passeios em família, prática de esportes leves e atividades ao ar livre. A atmosfera tranquila e o ambiente cultural tornam o bosque uma parada essencial para quem visita Campinas e quer vivenciar seu lado natural e histórico.

Conheça o passado e o presente do Bosque dos Jequitibás!

Parque Ecológico

O Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, mais conhecido como Parque Ecológico de Campinas, possui cerca de 110 hectares e foi criado com o objetivo de recuperar a vegetação de uma antiga fazenda da região.

O paisagismo é assinado por Roberto Burle Marx e integra áreas abertas, trilhas, lagos e vegetação nativa da Mata Atlântica, criando um ambiente equilibrado entre lazer e natureza.

O parque preserva construções históricas do século XIX, como o casarão, a tulha e a capela da antiga Fazenda Mato Dentro, hoje integradas ao Museu Histórico Ambiental.

A infraestrutura inclui quadras poliesportivas, campos, playgrounds, pista de cooper, anfiteatro e amplo estacionamento, oferecendo opções para públicos de todas as idades.

Há trilhas para caminhada, percursos de cooper e uma pista de mountain bike com mais de 6 km, ideal para quem busca atividade física em meio à natureza.

Aos domingos, uma feira de produtos orgânicos movimenta o espaço, conectando sustentabilidade e cultura local.

O Museu Histórico Ambiental realiza ações educativas sobre meio ambiente, fauna e flora, ampliando o caráter formativo do parque.

Transformado oficialmente em parque em 1987, o espaço funciona de terça a domingo com entrada gratuita.

É uma ótima opção para quem deseja aliar descanso, contato com a natureza e conhecimento em um só passeio.

O Parque Ecológico é hoje uma das principais áreas verdes de Campinas e parada obrigatória para quem visita a cidade.

Praça Bento Quirino

A Praça Bento Quirino é um dos espaços públicos mais emblemáticos de Campinas, localizada no centro histórico e cercada por edifícios de grande relevância cultural e arquitetônica.

No coração da praça está o Marco Zero, ponto que celebra o marco da fundação urbana da cidade, sendo local de encontro e referência simbólica do crescimento campineiro.

Também no entorno, encontra-se o imponente Monumento a Carlos Gomes, em homenagem ao célebre compositor nascido em Campinas, erguido com riqueza de detalhes e simbolismo musical.

A histórica Igreja do Carmo, com sua fachada de estilo colonial e arquitetura preservada, oferece um contraponto visual e espiritual no cenário da praça.

O elegante edifício do Jockey Club Campineiro está a poucos passos, trazendo à área o charme de seu estilo eclético e o resgate das tradições sociais aristocráticas da cidade.

A praça é pontilhada por mobiliários urbanos clássicos, árvores frondosas e espaços de convivência que convidam ao descanso, leitura ou pequenas reuniões ao ar livre.

Eventos culturais, feiras e apresentações musicais acontecem com frequência, aproveitando o ambiente artístico e o palco histórico que envolve o local.

A influência do café e da arquitetura eclética ainda pode ser sentida nos prédios vizinhos, refletindo a pujança econômica de Campinas dos séculos XIX e XX.

Com seu conjunto de marcos históricos, a Praça Bento Quirino oferece uma experiência rica em cultura, fé, memória e convivência – parada obrigatória para visitantes que desejam compreender a essência da cidade.

Praça Carlos Gomes

A Praça Carlos Gomes é um dos pontos mais tradicionais e arborizados do centro de Campinas, conhecida por seu ambiente tranquilo e seu valor histórico-cultural. Rodeada por palmeiras imperiais e bancos sombreados, é um espaço ideal para passeios, descanso e contemplação.

No centro da praça, destaca-se o imponente coreto de ferro fundido, palco de antigas apresentações musicais e símbolo da vida cultural campineira no início do século XX. Outro destaque é a escultura de Carlos Gomes, compositor campineiro de renome internacional, que dá nome ao local e representa o orgulho artístico da cidade.

Ao redor da praça, encontram-se edifícios históricos como o antigo Palácio da Justiça e outras construções do final do século XIX e início do XX, que reforçam o valor arquitetônico da região. A praça também já foi palco de manifestações políticas, encontros literários e concertos ao ar livre.

Hoje, a Praça Carlos Gomes continua sendo um ponto de convivência da população, frequentada por músicos de rua, estudantes e moradores em busca de um refúgio verde no coração urbano de Campinas. Visitar esse espaço é revisitar a alma cultural da cidade.

Centro de Convivência

A Praça Centro de Convivência, também conhecida como Praça Imprensa Fluminense, é um espaço público vibrante localizado no coração do bairro Cambuí, cercado por construções marcantes como o Centro de Convivência Cultural “Carlos Gomes”.

Desde 1976, a praça abriga a tradicional Feira Hippie, que acontece aos sábados e domingos e reúne dezenas de expositores com artesanato, antiguidades, moda, decoração, comidas de rua e alimentos orgânicos.

Mais que um comércio a céu aberto, a feira é um ponto de encontro cultural, com apresentações musicais que criam um ambiente descontraído e acolhedor para toda a família.

O Centro de Convivência também abriga um teatro de arena e outros espaços que já receberam shows, peças e eventos comunitários, tornando a praça um polo cultural dinâmico.

Além disso, o local conta com áreas verdes, bancos e uma atmosfera convidativa para quem busca lazer ao ar livre.

Com localização privilegiada, a praça está cercada por cafés, livrarias e restaurantes, enriquecendo ainda mais a experiência dos visitantes.

Durante datas especiais, a Feira Hippie ganha programação temática, com música ao vivo e atividades extras que atraem ainda mais público.

A Praça Centro de Convivência é considerada um dos pontos mais charmosos de Campinas, refletindo o espírito criativo e artístico da cidade.

Largo Santa Cruz

O Largo Santa Cruz é um charmoso e acolhedor espaço público localizado no bairro Cambuí, conhecido por seu ambiente arborizado e pela tradicional Capela de Santa Cruz. Esse local combina história, religiosidade e convívio social, sendo ponto de encontro da comunidade.

Ao redor do largo, há mesas de bar, cafeterias e restaurantes que convidam tanto moradores quanto visitantes a desfrutar de cafés, petiscos e momentos de descontração ao ar livre. Naturalmente, o espaço respira um clima de tranquilidade e familiaridade, típico de bairros residenciais de Campinas.

A Capela de Santa Cruz, construída no início do século XX, é o principal destaque arquitetônico e atrai olhares por seu estilo neogótico e vitrais delicados. Seu patrimonio histórico reflete a tradição religiosa da cidade, sendo local de celebrações e festas religiosas.

O largo frequentemente recebe pequenos eventos culturais, música ao vivo e encontros comunitários, o que o torna dinâmico e plural. Paisagismo com jardins, bancos e passeios bem-cuidados dão um toque de charme e proporcionam momentos de descanso.

O entorno arborizado favorece caminhadas relaxantes, leitura ao ar livre e momentos de contemplação, sendo excelente alternativa de pausa no roteiro. Para quem busca vivenciar o cotidiano campineiro, o Largo Santa Cruz é parada certeira: reúne história, gastronomia e cultura local.

Conclusão

Explorar Campinas é mergulhar em uma cidade rica em história, cultura, natureza e gastronomia. Ao longo deste guia, reunimos diversas opções para diferentes perfis de visitantes e tempos de permanência, sempre destacando o que há de mais especial em cada canto da cidade.

Seja para um passeio tranquilo pelos parques, uma visita aos museus, um tour pelos monumentos históricos ou uma imersão na culinária local, não faltam boas respostas para a pergunta: o que fazer em Campinas?

Agora que você já conhece os principais atrativos, aproveite para montar seu roteiro e descobrir, com calma, por que Campinas é um dos destinos mais interessantes do interior paulista.

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